terça-feira, 6 de outubro de 2009

BRASIL, MOSTRA A SUA CARA!

Olá, irmãos! Hoje resolvi provocar a todos com este título, que é um verso musical muito conhecido do Cazuza. E aí, qual é a sua cara??? Você tem cara de quê??? É verdade que cada um pode ter a cara e o jeito que bem quiser, mas pensando em todos nós como um todo, no coletivo, devemos ter a cara do Brasil, certo?! E pra mim a cara do Brasil é linda e colorida! É isso que as pessoas precisam entender.
Ninguém no Brasil é tão branco ou tão negro, que não possua raiz genética e/ou histórica indígena e vice-versa. Minha pele é clara, diria morena (uma mistura de tudo!...rs), mas com certeza sou "produto" de uma gente negra, de uma gente índigena, de uma gente portuguesa, enfim. Recuso aceitar que todo branco seja tão branco que não possua sangue negro, ou que todo negro não possua sangue branco. Devido a isto, como podem conceber o preconceito? Ter preconceito em relação a um tom de pele é renegar suas verdadeiras origens; brasileiras e miscigenadas. Quem renega à própria Mãe-Terra-Matriz?
Mais do que isto, feliz eu serei quando as pessoas se olharaem e não se enxergarem diferentes. Que o Paulo seja Paulo, e não aquele negro que trabalha naquela coisa. Tenho que concordar que já houve mudança, que hoje presenciamos menos situações racistas explícitas, mas ainda incomoda saber que o problema possa estar enraizado e velado _ como há. Aqui, no Brasil, presenciamos discursos éticos e pacíficos a todo instante, mas onde está o telejornal nacional, de horário nobre, apresentado pela negra? Porque naquela turma, de profissionais qualificados e selecionados, só vejo um negro? Os Estados Unidos têm 15% de negros e elegeram seu presidente! O Brasil tem 50% de negros e são poucos os que se destacam: Taís Araújo, Benedita da Silva, Seu Jorge... No mais o overno segue a fazer cota, discriminando para incluir.
Nesta ótica entendo que tanto o negro, quanto o branco; tanto a Igreja Católica, quanto a Umbanda, fazem parte da formação do nosso povo. Discriminar, ter preconceito, não aceitar ou desrespeitar qualquer dessas vertentes é dar as costas à cultura formativa do Brasil! E "a diferença que há entre os que respeitam a cultura de seu povo e os que não a respeitam é a mesma diferença existente entre os vivos e os mortos!"
Se você não é umbandista, pode pelo menos reconhecer nesta maravilhosa expressão religiosa seu valor cultural e étnico!!! Porque a Umbanda é brasileira, contribuiu de forma significativa para a formação do nosso povo e traz impregnada em seus rituais e atos de caridade toda a beleza e força da cultura brasileira.

Muito axé a todos! Anauê!

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