CONTO - Parte 02
O caminho
A curiosidade de Paula, misturada ao sabor da ansiedade, a envolvia juntamente com os fluídos energéticos que a preta-velha lhe dirigia, fazendo-a escutar tudo com atenção.
- Fia, o caminho ta certo, mas por que ocê pegou o atalho, se o seu bem querer num pode estar perto de suncê? Ocê qué que nóis ajuda, mas suncê mesmo está se afastando. No futuro tem felicidade certa, mas ocê tem que voltar pra estrada. Essa velha aqui vai estar sempre com você, só que agora é hora de ir, com a bênção do nosso Pai Maior.
Thaís não entendeu nada que a preta-velha disse a amiga e se espantou com a conversa tão rápida, já que a Vovó Marica sempre conversava demoradamente com todos.
- Paula, você não entendeu nada, não é? Eu percebi... Também não sei o que deu na Vovó hoje. A médium com certeza não deve ter se preparado muito bem para o trabalho. Vou explicar a situação para a Marise, que está logo ali cambonando um preto-velho e ela irá deixar você ser atendida por outra entidade! _ disparou Thaís.
- Não Thaís, não precisa. A Vovó Marica já disse tudo o que eu precisava saber. Muito obrigada, mas agora preciso ir.
“Mas como assim?!”, ficou a pensar Thaís.
No astral foi podido perceber, atrás da tela búdica projetada pelo mental de Paula e com as informações passadas por Gilson, um amigo espiritual da jovem, que seu namorado andava tenso porque estava gravemente doente e não queria que ninguém soubesse. Paula sem querer, ao escutar um telefonema do namorado, descobriu tudo. Este foi o verdadeiro motivo que a levou a procurar a ajuda de Thaís, porém manteve o segredo, respeitando a vontade do namorado.
Quando Paula soube, pela amiga, sobre o Terreiro de Umbanda, ela imediatamente pensou que seria ótimo levar Zeca até lá, pois já havia escutado algumas estórias de curas, através do que ela conhecia como “magia dos pretos-velhos”. E então correu para chamar o namorado:
- Zeca, a Thaís me convidou para ir no Terreiro de Umbanda que ela freqüenta. Vamos? Fica perto daqui e ela disse que é ótimo!
- O quê? Você quer ir na macumba? Deus que me livre. Você sabe que sou católico.
- Eu sei, Zeca. Mas não é macumba não, ela me explicou. É um terreiro de caridade, onde os espíritos ajudam pessoas a resolverem seus problemas. E você nem vai à missa há meses!
- De jeito nenhum. Se você estiver querendo rezar, vou à missa com você, mas não quero nem saber dessa tal de Umbanda.
Ainda movida pelo desejo de ajudar o namorado, Paula não desistiu de ir ao Terreiro, porque mesmo que ele não fosse, talvez os pretos-velhos pudessem ajudá-la. Por isso Paula entendeu direitinho quando a Vovó lhe disse “fia, o caminho tá certo, mas por que ocê pegou o atalho, se o seu bem querer num pode estar perto de suncê?”. Ela percebeu que o importante era estar ao lado dele.
- Fia, o caminho ta certo, mas por que ocê pegou o atalho, se o seu bem querer num pode estar perto de suncê? Ocê qué que nóis ajuda, mas suncê mesmo está se afastando. No futuro tem felicidade certa, mas ocê tem que voltar pra estrada. Essa velha aqui vai estar sempre com você, só que agora é hora de ir, com a bênção do nosso Pai Maior.
Thaís não entendeu nada que a preta-velha disse a amiga e se espantou com a conversa tão rápida, já que a Vovó Marica sempre conversava demoradamente com todos.
- Paula, você não entendeu nada, não é? Eu percebi... Também não sei o que deu na Vovó hoje. A médium com certeza não deve ter se preparado muito bem para o trabalho. Vou explicar a situação para a Marise, que está logo ali cambonando um preto-velho e ela irá deixar você ser atendida por outra entidade! _ disparou Thaís.
- Não Thaís, não precisa. A Vovó Marica já disse tudo o que eu precisava saber. Muito obrigada, mas agora preciso ir.
“Mas como assim?!”, ficou a pensar Thaís.
No astral foi podido perceber, atrás da tela búdica projetada pelo mental de Paula e com as informações passadas por Gilson, um amigo espiritual da jovem, que seu namorado andava tenso porque estava gravemente doente e não queria que ninguém soubesse. Paula sem querer, ao escutar um telefonema do namorado, descobriu tudo. Este foi o verdadeiro motivo que a levou a procurar a ajuda de Thaís, porém manteve o segredo, respeitando a vontade do namorado.
Quando Paula soube, pela amiga, sobre o Terreiro de Umbanda, ela imediatamente pensou que seria ótimo levar Zeca até lá, pois já havia escutado algumas estórias de curas, através do que ela conhecia como “magia dos pretos-velhos”. E então correu para chamar o namorado:
- Zeca, a Thaís me convidou para ir no Terreiro de Umbanda que ela freqüenta. Vamos? Fica perto daqui e ela disse que é ótimo!
- O quê? Você quer ir na macumba? Deus que me livre. Você sabe que sou católico.
- Eu sei, Zeca. Mas não é macumba não, ela me explicou. É um terreiro de caridade, onde os espíritos ajudam pessoas a resolverem seus problemas. E você nem vai à missa há meses!
- De jeito nenhum. Se você estiver querendo rezar, vou à missa com você, mas não quero nem saber dessa tal de Umbanda.
Ainda movida pelo desejo de ajudar o namorado, Paula não desistiu de ir ao Terreiro, porque mesmo que ele não fosse, talvez os pretos-velhos pudessem ajudá-la. Por isso Paula entendeu direitinho quando a Vovó lhe disse “fia, o caminho tá certo, mas por que ocê pegou o atalho, se o seu bem querer num pode estar perto de suncê?”. Ela percebeu que o importante era estar ao lado dele.
(continua...)
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