Apresentação do entrevistado: Meu nome é Alexandre Cumino, apenas mais um na Banda do UM, procurando somar na unidade desta Umbanda Querida.
Pai Alexandre Cumino é um sacerdote que já formou muitos outros, que está sempre engajado nas causas mais legítimas da Umbanda, que manifesta muita humildade e generosamente nos concedeu esta entrevista. Autor de "Deus, Deuses, Divindades e Anjos", também ministra cursos virtuais através do Colégio de Umbanda Sagrada - EAD, que é uma realização do ICA (Instituto Cultural Aruanda) que abriga o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Zuluá de Aruanda, dirigido pelo nosso irmão Rodrigo Queiroz, que também já nos concedeu sua entrevista, carinhosamente, no mês passado. (Ver Arquivo do blog/fevereiro/2010)
Pai Alexandre Cumino é um sacerdote que já formou muitos outros, que está sempre engajado nas causas mais legítimas da Umbanda, que manifesta muita humildade e generosamente nos concedeu esta entrevista. Autor de "Deus, Deuses, Divindades e Anjos", também ministra cursos virtuais através do Colégio de Umbanda Sagrada - EAD, que é uma realização do ICA (Instituto Cultural Aruanda) que abriga o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Zuluá de Aruanda, dirigido pelo nosso irmão Rodrigo Queiroz, que também já nos concedeu sua entrevista, carinhosamente, no mês passado. (Ver Arquivo do blog/fevereiro/2010)
NA SUA OPINIÃO....
ANAUÊ: Você acha que sacerdotes de Umbanda têm que ser mais responsáveis e/ou cuidadosos em relação a seus rituais litúrgicos e no trato com o outro, do que os sacerdotes de outras religiões? Creio que o ser humano em geral deve procurar ser mais responsável e cuidadoso. Os sacerdotes em específico, para todas as religiões, pela missão assumida devem orientar e cuidar do "outro", devem se dedicar na máxima "Conhece-te a Ti mesmo". No momento em que se conhecerem em profundidade, entenderão que eu e o outro somos um. Agredir o outro é agredir a mim mesmo, "eu também sou o outro do outro".
ANAUÊ: Qual a diferença entre Orixás da Umbanda e do Candomblé? O Orixá é o mesmo o que muda é a forma de cultuá-lo. Assim como o mesmo Cristo é cultuado de formas diferentes no Catolicismo, Pentecostalismo, Espiritismo e outros...
ANAUÊ: Como o pai de santo (babalorixá/ialorixá) cria a linha de trabalho de seu terreiro? Por meio da orientação de seus mentores em conjunto com as influências que recebe do meio externo. Assim vai combinando interno e espiritual com externo material/cultural.
ANAUÊ: Os espíritos amigos e familiares também podem se comunicar com os seus na Umbanda?É possível, mas não é comum. Há terreiros que se dedicam mais ou menos a esta atividade, em geral nos concentramos no atendimento das entidades.
ANAUÊ: É possível usufruir de prazeres da vida material com proteção espiritual? Com equilíbrio e moderação pode-se viver uma vida regrada e ao mesmo tempo prazerosa. Desde que estes "prazeres" não prejudiquem ninguém e que não interfiram no equilíbrio mediúnico, no caso de médium atuante. Lembrando apenas que o Templo não é local para buscar ou encontrar "prazeres" materiais e profanos (que estão fora do templo), também não é lugar para reunião social e sim de propósito espiritual. Somos médiuns, mas não deixamos de ser pessoas comuns. O que é uma vida sem "prazeres"? Talvez aqui cada um de nós deve se perguntar o que são "prazeres"? Estar com meus filhos? Adquirir bens materiais? Namorar? Beijar na boca? Entregar-se aos vícios? Drogar-se?
ANAUÊ: Existe ritual de "fechamento de corpo"? Existe sim, mas ao contrário do que se pensa, não torna alguém um "super homem" apenas busca uma proteção e o "fechamento" de "buracos" que se instalam no campo astral, energético, magnético, mental, perispiritual ou mediúnico.
ANAUÊ: Existe algum animal que usado na magia negra condense mais energia negativa do que outro? Mais que o animal, em magia o que vale é a determinação ao bem ou ao mal. Costumo dizer que uma entidade bem firmada, trabalhando na Lei Maior e na Justiça Divina, apenas com uma vela e um charuto pode fazer o "inferno" tremer. E quanto maior a "energia" maior o tombo, pois tudo o que vai um dia retorna. Magia Negra é o que é com ou sem animal, uma praga é uma forma de magia negra e muitas vezes uma simples praga pode trazer mais prejuizo que um trabalho encomendado. Mas nada que um preto velho não corte, anule e neutralize com um simples estalar de dedos combinado com arruda, água e ponto riscado. Lembrando apenas que nos Cultos de Nação o sacrifício animal nada tem a ver com magia negra. No Judaísmo tem sacrifício animal (veja a bíblia em Levítico), no Islã tem sacrifício animal, no Hinduismo tem sacrifício animal e no Candomblé também. A Magia Negra ou melhor dizendo Magia Negativa se encontra na intenção de quem a realiza.
ANAUÊ: Algum ritual pode ser feito com a intenção de causar alteração (aflorar ou criar distúrbio) na sexualidade? Existem trabalhos de Magia Negativa para todos os propósitos, para este também. Agora para "pegar" depende de um conjunto de situações como: proteção, merecimento, sintonia vibratória. pré disposição, etc.
ANAUÊ: Qual a função do Exu Mirim se já há tanto a Linha de Erê quanto a Linha de Exu? Exu Mirim tem sua função por trabalhar uma energia que não se encontra nem na linha de Erê e nem na Linha de Exu. Exu Mirim realiza muitos trabalhos que alguns espíritos não colocam a mão, pois Exu Mirim, não é humano. Não foi "trombadinha" ou "marginal", caso contrario estaria sendo doutrinado, se ele fuma e bebe é porquê é infantil mas não é criança. Vem de outras realidades, lembra os contos de alguns "duendes", arteiros e domesticados para auxiliar. Trazem uma energia peculiar, recomendo a leitura do livro Orixá Exu Mirim de Rubens Saraceni (Ed. Madras)
ANAUÊ: Todo médium incorporante, de Umbanda, trabalha mediunizado com entidades de todas as linhas e com todos os Orixás? Não, tudo depende do contexto em que se encontra cada um. Até mesmo da aceitação psicológica e emocional de cada linha. Muitos médiuns trabalham apenas com Caboclo, Preto velho e criança e simplesmente se negam a incorporar outras linhas. Outros acreditam e pregam que Zé Pelintra é do baixo astral. Há linhas novas chegando e a exemplo da linha de ciganos leva-se tempo para serem absorvidas e aceitas pela comunidade.
Considerações Finais (Pai Alexandre):
Agradeço esta oportunidade de falar sobre a Umbanda.
Acima de tudo creio que é importante sempre afirmar que:
“Umbanda é religião portanto só pode fazer o BEM”
Segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade que trouxe a Religião de Umbanda por meio de seu médium Zélio de Moraes:
“Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade” (15/11/1908)
Segundo Caboclo Mirim (1924):
“Umbanda é a Escola da Vida”
“Umbanda é coisa séria para gente séria”
Se somos umbandistas, ou seja, se a Umbanda é a nossa religião, não basta apenas incorporar ou freqüentar o terreiro é preciso estudar e conhecer os fundamentos de sua religião.
Fico à disposição,
Alexandre Cumino .'.
PS.: Mantenho um serviço de envio de e-mails sobre Umbanda,
Aqueles que quiserem receber informações, textos e notícias de Umbanda,
Enviem um e-mail para alexandrecumino@uol.com.br com assunto “cadastrar”.
Agradeço esta oportunidade de falar sobre a Umbanda.
Acima de tudo creio que é importante sempre afirmar que:
“Umbanda é religião portanto só pode fazer o BEM”
Segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade que trouxe a Religião de Umbanda por meio de seu médium Zélio de Moraes:
“Umbanda é a manifestação do espírito para a caridade” (15/11/1908)
Segundo Caboclo Mirim (1924):
“Umbanda é a Escola da Vida”
“Umbanda é coisa séria para gente séria”
Se somos umbandistas, ou seja, se a Umbanda é a nossa religião, não basta apenas incorporar ou freqüentar o terreiro é preciso estudar e conhecer os fundamentos de sua religião.
Fico à disposição,
Alexandre Cumino .'.
PS.: Mantenho um serviço de envio de e-mails sobre Umbanda,
Aqueles que quiserem receber informações, textos e notícias de Umbanda,
Enviem um e-mail para alexandrecumino@uol.com.br com assunto “cadastrar”.
Obrigado, Pai Alexandre!
Gosto muito dos assuntos relacionados a umbanda, recebo textos do Alexandre Cumino em meu e-mail a algum tempo, tenho aprendido muito agora com este blog sei que vou aprender muito mais estão de parabéns o blog esta com um conteúdo muito enriquecedor.
ResponderExcluirBoa noite,
ResponderExcluirÉ com grande satisfação que entro em contato na busca de repostas sobre a Umbanda. Não sei se todas as pessoas apresentam o mesmo questionamento que eu:
Gostaria de saber o que acontece durante uma gíria de Umbanda, especificamente, naquela em que se usam os atabaques e cantos. Observo que durante a sessão ocorrem as incorporações e o médium se apresenta num movimento giratório em torno do seu próprio eixo e em torno da "guna" (mastro central de madeira da Tenda de Umbanda).
Seria possível fazer um esborço do sentido e direção do campo magnético ali presente? Quais energias se fazem presentes ali? Qual a posição do espírito que incorpora e o espírito do médium? Quais os pontos magnéticos do centro de Umbanda? Existe alguma influêcia na posição (orientação norte/sul)? Qual ? Já pesquisei, mas em vão... nada encontrei a esse respeito e os pais e mães de santo dão explicações que não explicam de fato, pelo menos nao compreeendo... por exemplo: " tem que entrar na gíria pra incorporar" " é na gíria que o guia se aproxima" e etc... são respostas vagas para mim.
Observo mais clareza nas obras Kardecistas nas quais existem desenhos e até vídeos explicando como se processa a incorporação e atuação dos espíritos presentes na sessão, infelizmente não encontro essas respostas para a Umbanda... seja por ignorância de minha parte, seja por haver raras fontes de consultas que tratem desse assunto. Parto do princípio que seja ignorância/incompetência de minha parte.
Acredito na vida após a morte e tenho afinidade com a Umbanda, que é uma das várias formas de como se processa o trabalho de espiritualização do homem na terra.
Desde já agradeço a oportunidade de enviar essa pergunta e, mesmo que não seja recebida ou não lida, também fico grato. Se possível, gostaria de receber a resposta no email ( jocimarjunior@hotmail.com).
Que Deus continue iluminando nossos passos.
Atenciosamente,
Jocimar.